domingo, 21 de fevereiro de 2010

A IMPORTÂNCIA DO ECOBATÍMETRO PARA A SUA EMBARCAÇÃO !!!



Um equipamento conhecido como eco-batímetro ou SONAR ( Sound Navigation And Ranging ), que através de um transdutor, sensor transceptor sônico), emite um pulso sonoro que viaja através da água em uma velocidade elevada, quase 4,5 vezes a velocidade do som no ar, até que encontre um obstáculo, quando é refletido, eco, ao ponto de origem onde é recebido de volta.

O equipamento, no momento da recepção deste sinal, calcula a distância que este alvo se encontra do transdutor pela mediação do tempo que levou o sinal para ir até o alvo e retornar, em seguida é processado e apresentado em uma tela gráfica.

O sinal emitido pelo transdutor se apresenta na forma de uma onda de energia sonora na faixa de ultra-som, identificável por um "click" ou estalido pausado e audível em frequencia que os peixes não ouvem ou sentem.

É importante entender que o Sonar não mostra uma imagem do ambiente subaquático em 3D e sim em 2D. Ele mostra coisas múltiplas, tais como um peixe e um arbusto ao mesmo tempo, mas não pode determinar de onde veio a sinal refletido. Portanto, o peixe e o arbusto podem estar localizados em qualquer ponto na área de cobertura de um cone imaginário, tendo como medida de base 1/3 da profundidade considerada a partir do transdutor. Precisamos treinar nossa mente para interpretar a imagem mostrada na tela.

A GARMIN International Inc. fabrica diversos transdutores tendo como referência uma série de itens, como: o tipo de barco, se motorizado ou veleiro e tamanho; a forma de montagem, se interno por cima do casco, inside the hull, também com inclinação auto compensada; se através do casco, throught the hull, e se por sobre a parede de popa, on the transom, a frequência de funcionamento, pode ser única, dupla ou de duplo feixe; a potência do sinal; quanto a sua função, pode ser somente para leitura de profundidade, ou para profundidade/temperatura da água ou para profundidade/temperatura da água/velocidade da água, correntes marinhas; dependendo do casco do barco pode ser fabricado com seu corpo em bronze ou plástico de alto impacto.

Para o funcionamento perfeito e eficiente do sonar, é necessária a correta instalação do transdutor.

Noções de medidas, ângulos, planos paralelos, análise crítica e boa dose de bom senso, são indispensáveis na sua instalação.

( Matéria do Engenheiro Bitchini para a Revista Boat Shopping ).

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

PROTEJA SEU YACHT CONTRA AS CRACAS !!!



A interferência das incrustações ( cracas ) na eficiência das embarcações e os problemas causados por elas são consideráveis e em sua maioria, bem conhecidos. Por exemplo, as incrustações na área submersa do casco (obras-vivas) resultam em rugosidades que aumentam o atrito do casco, resultando em perda de velocidade e consequentemente, ocorre maior consumo de combustível.

Ao longo do tempo, a industria química desenvolveu tintas especiais, com a finalidade de minimizar a fixação de incrustações nas obra-vivas, chamadas genericamente de sistema anti-incrustante ( em inglês "Antifouling System" ). Os principais benefícios dos anti-incrustantes são reduzir consumo de combustível, os custos com manutenção, o desgaste dos motores e aumentar os intervalos de docagem a seco.

Inicialmente, compostos à base de arsênico e/ou mercúrio eram utilizados como anti-incrustantes. Com o passar do tempo, a formulação evoluiu e foram desenvolvidas tintas de desgaste controlado, lixiviação, compostas pot TBT, tributil estanho, quimicamente envolto por base polimérica, copolímeros, permitindo em longo intervalo entre docagens, além de boa resistência ao intemperismo.

PERIGOS DO TBT

Pesquisas realizadas em ecossistemas marinhos revelaram que esses compostos causam danos que podem resultar em desequilíbrios ecológicos, como considerável toxidade nos organismos não alvos, alta persistência no ambiente e capacidade de transferência ao longo da cadeia alimentar.

É importante ressaltar que, por serem compostos persistentes e com capacidade de serem transferidos na cadeia alimentar, os compostos orgânicos de estanho podem ser prejudiciais à saúde humana.

Como resultados dos impactos ecotoxicológicos do TBT, observados, em novembro de 1999 a IMO, Internacional Maritime Organization, adotou a Resolução A.895(21), recomendando aos países membros a adoção de medidas destinadas a restringir o uso dos anti-incrustantes à base de TBT. Posteriormente, em 2001, com a continuidade das pesquisas, foi aprovada, por 76 países, a "Convenção Internacional sobre Controle de Sistemas Anti Incrustantes Danosos em Embarcações", Convenção AFS.

Os países da União Européia e o Japão já adotam medidas de controle do uso de anti-incrustantes com TBT. A União Européia, por exemplo, regulamentou que embarcações, de qualquer páis, com arqueação igual ou superior a 400, precisam possuir sistema de pintura anti-incrustante livre de TBT.

A Norman 23DPC se aplica às embracações brasileiras cujas obras vivas necessitam ser pintadas com sistemas anti-incrustantes e às embarcações estrangeiras que docarem no Brasil para pintura das obras vivas, ou que estiverem fretadas em regime de AIT ( Atestado de Inscrição Temporária ). São considerados para fins da Norman 23DPC, como sistemas anti-incrustantes danosos ao meio ambiente e á saúde humana, os que possuem compostos orgânicos de estanho, como biocida. Se esse for mantido, deverá ser recoberto por uma camada de selante, ou removido para ser pintado por um AFS, considerado não-danoso ao meio ambiente e á saúde humana.

A Norman estabelece controles para diversos tipos de embarcações. Para as embarcações de esporte e recreio, bem como as demais sujeitas a vistorias pela Norman 01DPC, que possuam comprimento inferior a 24 metros, com exceção das embarcações miúdas, devem portar "Declaração sobre Sistemas Anti-Incrustante" assinada pelo armador ou proprietário da embarcação.

Certificado de tinta anti-incrustante sem estanho.

Todas as embarcações sujeitas a vistorias e inspeções devem possuir um certificado de tinta aplicada, emitido pelo fabricante, atestando que a tinta não possui compostos de estanho. As informações que este certificado determinam são : identificação da empresa fabricante da tinta, nome, cargo e assinatura do responsável pela emissão do certificado.

Em caso de infração, respondem o proprietário da embarcação, pessoa física ou jurídica, ou quem legalmente o represente; o armador ou operador da embarcação, caso este não esteja sendo armado ou operado pelo proprietário; e a pessoa física ou jurídica, de direito público ou privado, que legalmente represente a embarcação.

A Marinha do Brasil aprovou a Norman 23DPC por meio de portaria de 30 de Julho de 2007, que entrou em vigor a partir de Novembro de 2007. No entanto, muitas empresas persistem em fabricar produtos que contém TBT e muitos consumidores ainda têm conhecimento da legislação em vigor, bem como do risco que estão expondo o meio ambiente e à saúde humana.

Um dos fabricantes que está de acordo com toda a legislação em vigor é a International Paint. Todos os anti-incrustantes produzidos pela IP atendem a Norman 23DPC, bem como a todos os requisitos e normas da Organização Marítima Internacional (IMO).

Para ter acesso a Norman 23DPC na íntegra, basta acessar : https://www.dpc.mar.mil.br/norman/N23/N_23.htm

domingo, 7 de fevereiro de 2010

BNDES CRIA PROGRAMAS PARA INCENTIVAR INVESTIMENTOS DA COPA E HOTÉIS !!!



Como parte do esforço do Governo Federal para preparar o país para a Copa do Mundo de 2014, o BNDES está criando dois novos programas para fomentar a realização de investimentos sustentáveis, tanto do ponto de vista ambiental quanto econômico.

O Banco vai financiar a construção e reforma de arenas esportivas que serão usadas no torneio e também ampliará o apoio ao setor hoteleiro, para aumentar a capacidade e a qualidade da hospedagem oferecida aos turistas do Brasil e do exterior que devem assistir à competição.

O anúncio dos programas foi feito pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em cerimônia no Palácio do Itamaraty, em Brasília. Também participaram a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Roussef, e os ministros dos Esportes, Orlando Silva, e do Turismo, Luiz Baretto, além do diretor das áreas Social e de Crédito do BNDES, Elvio Gaspar.

O Programa BNDES de Arenas para a Copa do Mundo de 2014 – BNDES ProCopa Arenas – tem orçamento de R$ 4,8 bilhões a serem utilizados na construção e reforma dos estádios que receberão jogos da Copa de 2014 e em investimentos relacionados à urbanização de seus entornos. Já o Programa BNDES de Turismo para a Copa do Mundo de 2014 – BNDES ProCopa Turismo – vai destinar até R$ 1 bilhão à construção, reforma, ampliação e modernização de hotéis.

ESTÁDIOS ;

O BNDES ProCopa Arenas poderá financiar até 75% do custo total dos projetos de reforma ou construção dos palcos dos jogos, limitado a R$ 400 milhões (o que for menor) por projeto. Os projetos deverão abranger melhorias no entorno, promovendo a acessibilidade e integração com o espaço urbano.

Para as operações diretas, o custo será de TJLP (atualmente em 6% ao ano), acrescido da remuneração do BNDES, de 0,9% ao ano, mais spread de risco. Nos financiamentos indiretos incide também a taxa de intermediação financeira, de 0,5%. O prazo para o pagamento será de até 15 anos, incluindo até 3 anos de carência.

O objetivo do Banco é que o evento deixe como legado equipamentos executados segundo as melhores práticas de conservação de energia e utilização de recursos naturais e que, após o torneio, sejam integrados às suas respectivas cidades e apropriados por toda a população.

Para submeter seus pedidos à análise do BNDES, os proponentes terão de conseguir previamente a aprovação da FIFA para o projeto básico. Também será necessário apresentar um orçamento detalhado dos investimentos previstos. Outra exigência é a realização de um estudo de viabilidade econômico-financeira da arena contemplando, sobretudo, sua sustentabilidade financeira no longo prazo.

Os projetos também terão de ser aprovados por entidade certificadora de qualidade ambiental reconhecida internacionalmente e/ou acreditada pelo SINMETRO. As operações têm prazo de contratação até 31/12/2011.

HOTÉIS ;

O BNDES ProCopa Turismo tem o objetivo de preparar a rede hoteleira do país para o aumento de demanda ocasionado pela Copa, induzindo ainda o comprometimento ambiental do setor ao oferecer condições mais favoráveis aos projetos que levem em conta a preocupação com a eficiência energética e a sustentabilidade ambiental.

Os prazos máximos de amortização, inéditos para o setor, poderão chegar a até 12 anos para modernização de unidades existentes e até 18 anos para construção de novas unidades. Poderão ter o benefício de ampliação do prazo de financiamento empreendimentos que obtiverem certificação, por entidade acreditada pelo INMETRO, de eficiência energética e/ou construção sustentável.

Caso seja apresentada certificação de eficiência energética, os projetos de reforma, modernização e ampliação poderão ter seu prazo estendido para até 10 anos. No caso de construção de novas unidades, esse prazo poderá chegar a 15 anos.

Já para obter o benefício máximo de prazo (12 e 18 anos, respectivamente) os proponentes devem apresentar certificação de construção sustentável que, além da eficiência energética, agrega outras exigências, como racionalização do uso da água e gestão de resíduos. Nas operações diretas, os juros do programa variam entre 6,9% (micro, pequena e média empresa) e até 8,8% (grande empresa), mais o spread de risco. Para se candidatar aos recursos do programa, os proponentes devem encaminhar seus pedidos até 31/12/2012.

O programa permitirá também a realização de operações diretas a partir de R$ 3 milhões (normalmente, operações de até R$ 10 milhões são realizadas por meio de agentes financeiros). Para grandes empresas, a participação máxima do BNDES será de 80% dos investimentos totais, sendo que para MPMEs este percentual pode atingir 100%.

( Matéria Publicada no Site Oficial do BNDES ).