Em busca de energia para sustentar o desenvolvimento
Para debater saídas para a má qualidade da prestação dos serviços de energia elétrica no Brasil, a PROTESTE, Associação Brasileira de Defesa dos Consumidores, escolheu este tema para o VIII Seminário de Defesa do Consumidor Internacional, que promove no próximo dia 20 de maio, em São Paulo.
O momento não poderia ser mais propício para tais discussões. As perspectivas de crescimento econômico e desenvolvimento social do Brasil são muito positivas, depois de décadas de estagnação ou de enfrentamento da inflação e dos desequilíbrios que provoca em todos os aspectos da economia e da vida dos cidadãos.
A carência da infraestrutura, contudo, ameaça estancar ou postergar os efeitos benéficos do desenvolvimento. Nossos portos, aeroportos, rodovias, ferrovias, silos, telecomunicações são insuficientes para o nível que já adquirimos, quanto mais para o futuro crescimento.
Mas, de longe, o pior e mais grave problema está na energia elétrica. Até hoje, não se chegou a um modelo que compatibilizasse o dinamismo da iniciativa privada com o foco social do Estado. Após a crise energética de 2001, governantes correram a assegurar que não enfrentaríamos novamente tal situação, que nos corroeu o Produto Interno Bruto (PIB), brecando um processo de retomada econômica.
A PROTESTE sempre acompanhou, em paralelo aos testes comparativos de produtos e serviços, os principais problemas brasileiros que atingem o cidadão, ente que é, a um só tempo, eleitor, contribuinte e consumidor.
Lutamos contra os critérios inadequados que minimizariam os benefícios da tarifa social de energia para os brasileiros de baixa renda.
Mais recentemente, ingressamos na Justiça para que os consumidores sejam ressarcidos do que pagaram a mais em suas contas, durante vários anos. O governo nitidamente se omitiu neste caso, posicionando-se ao lado das empresas concessionárias de energia.
Além destas duas situações extremas, enfrentamos a deterioração da qualidade de prestação de serviços de energia. Houve um grande apagão em 2009, e incontáveis miniapagões, por todo o Brasil, que transformaram as quedas de energia em um triste retorno à realidade dos anos 1960.
Em uma sociedade digital, integralmente dependente da energia para o trabalho, estudo e lazer, sem contar as atividades domésticas, nunca sabemos se contaremos com energia em nosso dia a dia.
Em lugar de debater a sério estas dificuldades, governantes e oposicionistas se acusam mutuamente em relação a apagões e falta de investimento em infraestrutura.
Em outubro, teremos a eleição presidencial, grande oportunidade para encaminhar soluções para estes problemas. Mas, não nos enganemos, isto só ocorrerá se a população, por intermédio de suas instituições civis, como a PROTESTE, demonstrarem que priorizam este debate.
Dentre os temas que debateremos, estará a proposta de controle em um novo modelo de gestão: agência, concessionárias e consumidores.
Um dos temas debatidos será “O serviço público de energia elétrica e a sociedade”.
É o que vamos fazer dia 20 de maio, nossa contribuição para o cidadão brasileiro, em linha com a filosofia que norteia a atuação da PROTESTE, desde sua fundação, em 2001.
Fonte : Site Oficial da Associação Brasileira de Defesa do Consumidor, PROTESTE.
Associe-se já : www.proteste.org.br
Associe-se já : www.proteste.org.br
****************************************************************
Nenhum comentário:
Postar um comentário